domingo, 18 de maio de 2008
Pool-Games
Certa vez, a tentar escamotear o bronze de camionista adquirido durante o trabalho, virando-me de lado a lado, em posições incómodas assumidas na espreguiçadeira, e a minha vaidade aos gritos mudos mandar encolher pançinha e entesar os ombros, reparei na senhora solitária aí ao fundo, dormitando ela, alheia aparentemente. Éramos quatro, nessa altura. Quatro machos, e em fila. Postas de carne roxa a depelar, grelhadinhos e pronto para consumo. Patéticos - soube o na altura. Abstraí-me, a observar o cenário. Um passo para trás e ver de fora. Eles lá iam chegando, aos poucos, primeiro dois, depois mais dois, mais um, mais três... e a senhora se ia virando, não se molhava se não no chuveiro, ficando nesse canto afastado. Jogos de Brasucas, Softball na piscina, e ela a levar com salpicos, claro. Mil desculpas...e nada....claro.
Passado uma hora ou tal, a senhora arruma as tralhas e passeia-se daí para fora, tranquila, digna, e sem palavra.
Mantive a panç(inh)a recolhida porque os gajos eram todos esculturais.
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2 comentários:
:))
fizeste-me lembrar um filme em que o tipo vai para trás de uma rocha encolher a barriga para se passear (sem fôlego, claro) em frente das "gatas"...
bom domingo, Alyne
olá, vim da isabel
pelos vistos valeu-lhe de muito a escultura!
abraço
luísa
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