sábado, 28 de fevereiro de 2009



Urbanoplasma (Ver uma vez Arte Pin-Pop...)




































Imagens para ir passear - nelas. Passamos por elas,
sem penetrar ...

São o que nos marca: a cidade em layers múltiplos, o novo sobre o velho, a realidade parcial sobre a obra para durar, a fugacidade sobre a estética de fundo. Resta o que sobra do vento radical. Sobram farrapos de papel, palavras soltas mas unidas num contexto novo promovido pelo acaso; ...colados à vitrificação do querer fazer bonito.
Berrar ao vento.
Dizer ar quente.

A celusose dissolve-se à chuva, e vomita a palavra mutilada, lida - partindo do futuro.

E mesmo assim ... até assim: da amálgama destila o sentido.

sábado, 21 de fevereiro de 2009

A Semente


















Terra nova, pés de barro, do que ele fez o homem, nossa terra,...

A matéria-prima da criação é simples, despretensiosa.

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Apetecer

















Apetece... fugir para um gesto liberto, através do gesto liberto.

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Unidos de Facto



















As motivações, as duas estéticas, o apelo inscrito em cada metade, os gostos, os meios... tudo isso é indiscutível. Fazem parte do meio urbano. Passamos, vimos cada coisa por sí e desligado do contexto.Uma montra quer ser só consistente, e um grafiti não quer outra coisa senão reclamar um espaço. Não paga renda porque não pode, e se pudesse já não seria consistente.
Mas na junção revela-se um dizer concreto. Revela-se a divisão da sociedade, marcante, actual, crassa nos contrastes, dolorosa até ao osso.
Os dois manifestam-se, contradizem-se, argumentam, declamam, chocam-se um ao outro e a quem passa, porque sim: São mesmo duas personagens que se encontram no mesmo larginho, e continuam a coabitar (ví ontem que já não é o caso - a montra decidiu mudar de cor e adereços). Dão corpo e visibilidade a duas atitudes diversas. É um encontro fértil, fervilhante e saudável.
Falam do cimo das colunas, ostentam cada um o seu gesto, representam o seu querer - 'Bruta Flor', como Caetano Veloso lhe chamava noutro contexto, ou nem tanto - e coabitam no desentender.
Um, recolha-se na penumbra vítrea e protege-se por adornos, o outro nú e crú, a vomitar-se sobre a pedra texturada, no focinho do curioso a querer discernir o preço da chemisette. Um, apelativo e em suposta beleza serena e estabelecida, o outro impulsivo e fugazmente gestual, qual Mussolini ou Hitler vociferantes.
Curioso, ambos se produzirem em preto sobre branco, e ambos por razões de estética. Ou será branco sobre preto?


(Publicado em Janeiro 2009, Guia de eventos do Município de Setúbal - com ligeiras alterações aqui)

sábado, 7 de fevereiro de 2009

Catástrofe
























Esta obra NÃO é minha... é de Wolf Vostell e visível no seu museu de Malpartida/ Cáceres.
(Aconselho vivamente! - história de arte ao vivo e no meio do Nada)
É um pouco como me sinto. Á beira de um crash estrondoso... que bom que mesmo de estroços gigantes se pode fazer algo de novo.