sábado, 19 de dezembro de 2009

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Maldade

Infelizmente, tenho de restringir a possibilidade de comentários. Vão passar pela minha autorização e pelo barramento de anónimos.

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Risco

Este é o tempo do renascer,

Da redefinição das regras

Do risco da saída

Do perder por mil

Do ganhar um sorriso
sincero

De semear
e perder sem remorso


terça-feira, 6 de outubro de 2009

Saudade?


Alguém, conta-me o habitante da casa, quis um dia ir navegar -
creio que para Cabo Verde.

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Sós ?

Não vem a propósito de nada em especial, mas a última Supernova registada foi em 1987, observada ainda dentro da Grande Nuvem de Magalhães. Uma estrela morreu, não é nenhum dos objectos grandes nesta foto, fica no sentido das 11 horas da mancha mais negra que é a Nebulosa de Tarántula. Aconteceu quando os primatas mal se tinham postos nos dois pés, há uns 170.000 anos. Talvez levou no seu caminho planetas, culturas, vida. Agora seria tudo pó e gazes.

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

A Visita


À noite, entre fogueira aberta no jardim e cozinha,
a casa fica transparente,

como a conversa entre amigos não vistos há 5 anos.

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Marca do Corpo


Acção íntima de renascimento...
todos fazemos, de tempos em tempos, este exercício.

Não pretende ser inovador, apenas renovador.
Faz parte do repertório
e pode até servir a um propósito específico.

domingo, 12 de julho de 2009

Doom

Os anjos de manganésio fervido descem sobre a cidade.
A chuva de cobalto salpica a vista desarmada.
O chumbo infiltrou-se no chão de asfalto.
O pôr-de-sol deslumbra...

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Ao Sol


Logo à seguir, afinal, a aldeia foi ter comigo.
Sem palavra, a arfar da carga, direitinha,
e a murmurar verdades de sempre.

Passou, como a outra, sem me reconhecer.

terça-feira, 7 de julho de 2009

Fugaz

Um dia solarengo, com o bairro meio adormecido
e parecendo uma aldeia no Alentejo...

mas estava enganado:
eu é que já devo ter ar de bafo quente na planície...

terça-feira, 30 de junho de 2009

Carta Perdida

Por tudo que queria dizer,
e onde as palavras seriam apenas a marcação de limites.
Por tudo que transcende a construção artificiosa.
Por tudo que eu te queria fazer sentir.

Pensava fazer uma diferença.

segunda-feira, 29 de junho de 2009

Miãouw

Quando confrontados com a simplicidade, não nos apercebemos do trabalho enorme que o antecede.
O visível é o conflito resolvido, preciosa paz.


Então, porque seria diferente nas relações?

sábado, 27 de junho de 2009

Clandestino

Abaixo do solo...haverá vida, e só fará sentido com uma luz ao fundo do túnel? Certamente é berço do rebento.
As subculturas aspiram a luz também?

quinta-feira, 25 de junho de 2009

Momento em Fade-Out

Mas...não me lembro - de nada - nem da cara, nem do nome, nem da ocasião,...
já devo ter passado ... vezes pela década em questão.

Parece-me ter sido um momento bom...

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Ícones

Portugal aos Pequeninos...Os ícones de então, em BD autóctone,
o que distingue as cidades umas das outras?

Informação

sábado, 20 de junho de 2009

Dias


Eu gosto da noite, mas gosto bastante mais do dia.
Gosto da luz desta cidade, do rosa findado, do ar cintilante.
Deixo-me levar pela luz para noite adentro.
A transição é um estado de alma.
Desliza amenamente pelas calçadas até desembocar no reflexo das fachadas, douradas, preciosas, vidradas, e sem deixar a alma enegrecer-se.

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Anoitecer III


Da minha casa apanho disto... eu sei que ele fazia anos nesse dia,
conheço-o de andar aí pelos bares e restaurantes a vender postais,
cantava nessa noite, celebrava o dia de anos aos berros,
de afirmação, de revolta, e só.
Eram duas ou três da manhã.

Este post poderia ser o último de uma trilogia sobre o tema 'Anoitecer nas ruas da cidade'. Aliás, é.
Decidí agora.

Porque o anoitecer é o limbo recheado de expectativas
e o berço de satisfação e desilusão.

domingo, 14 de junho de 2009

Anoitecer II


A ordem inverte-se ao entardecer,
a penúmbra entre as fachadas avança para a suspensão da lei do dia.

Ansiamos a aventura que nos iliba.
Da pose, do protocolo social, do laço cor de rosa.
O passeio deslumbra em antecipação,
a vida paralela pulsa com o sangue.


quarta-feira, 10 de junho de 2009

Anoitecer

Contra o desafio deste mês, de qual só me ficou a ideia do anoitecer - na cidade.
Afinal não é na cidade, mas nas ruas da cidade. Falhei no tema, mas a imagem fica na mesma. Porque as pessoas vão à rua vindo de casa, quando vão.

Surgiu -me este rabisco feito já há alguns anos.
À propósito daquele azul a preambular a noite desejada,
bem acompanhada por um encontro inesperado.


O azul do consolo.

sábado, 6 de junho de 2009

sábado, 30 de maio de 2009

Restos e 'Há de ser'

As vezes perco-me no profuso de um processo...mas não desta. Encontro-me no crú do 'hà de ser', antes da fundição numa amálgama de camadas da imaginação. Por mais experiência que se tenha, cada saída de fornada é um nascimento, a cristalização de um processo, a definhação do imaginado perante o facto, o acto consumado.
A minha relação com recipientes é quase obsessiva... nunca os há em demasia.

O conteúdo é sempre um resto precioso de um processo acabado.


Por vezes, o lapso entre o fazer e o terer feito é como a frincha entre intenção e efeito.
Sempre sempre, a frincha divide a representação do real do real... (?)

O consolo está no fazer, manualmente, contra o contra-artesanal, com a matéria.

O conceito apenas anda descalço.

sábado, 23 de maio de 2009

Catedral

Enquanto que a casa tem os cantos escuros, o gesto humano tem lugar.
Fazemos o lugar assim, colorido e a tapar; o lar fingido, o ser tingido, a liberdade atrás de uma esquina colorida.

Enquanto o olhar é do centro para fora, fugimos.
O passo para trás faz a desconstrução, e um olhar de fora.
Desconcertar o quadro de sempre.
Enriquecer.
Cair de joelhos.

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Little House


Já há algum tempo rondo esta construção mental, até já me parece ter sido pela vida toda.

Porque as 4 paredes não chegam, porque a utopia também se veste do imprevisível, do apenas visível de outro ponto de vista, de outra incidência de luz, de outra distância.
Por enquanto parece um brinquedo. É caseiro, ainda em múltipla construção íntima, e não está habitado - o que é um contra-senso, sei. As construções mentais têm essa (pequena) falha.

Depois, a matéria não deixa... impõe as regras que o espaço ocupado por ela dita. Só se contorna, estando do lado de fora. Cá estamos.

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Visitas



Fui mostrar as redondezas a uns amigos de visita...
Adoro o sítio, tão perto, tão fora, tão real...

Come-se bem

quinta-feira, 30 de abril de 2009

domingo, 26 de abril de 2009

Fade-Out

Ainda no palácio Marquês de Pombal...
Existe o impulso visceral de manter vivo o passado - pela construção, pela aprendizagem, pelo respeito, pela referência ao património imaterial - e existe a lei da entropia que impõe o 'fade-out' natural, levando à distribuição homogénea das partículas, na mais baixa categoria de ordem. Não se confunda com o caos, que encerra em si categorias de ordem complexas.
O desvanecer é o mais reles dos destinos. É o pesadelo de qualquer criativo, construtor, visionário. A obliteração é o castigo dos deuses. Pergunto, qual foi o pecado. A vaidade?
Seria justo, não houvesse obra feita.

terça-feira, 21 de abril de 2009

Na Penúmbra

...do querer, do ser pleno,...
A glória decadente é fértil de comiseração.
Em pleno palácio do Marquês de Pombal...outro Ícaro perdido, outro fosso de luz...

terça-feira, 14 de abril de 2009

Ícaro Anónimo


Ir e voltar, o reviver de todos os dias, imperceptível na sua suave corrosão?
O lento desbaste das arestas aguçadas, moagem demorada do juízo até caber...

...ou não.

domingo, 5 de abril de 2009

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Cool Blood

Nos últimos tempos assiste-se de novo a uma imagética, diluente do plano do suporte da imagem. Isto quer dizer: Não basta iludir o observador com trompe-l'oeil's de um espaço fingido, mas enquanto espaço sugerido, ele assume-se como plano pictórico.
Não há fingimento de outra coisa senão o da superfície única. A ilusão está no espaço que se finge plano e linear.
É a superfície que se dissimula: num espaço de múltiplos layers, no espaço urbano que nos assalta através de montras, placares, ecrãs, fachadas, telas de fachadas em reconstrução, vidros espelhantes, e passagens entre volumes.
A visão da cidade, a sua vivência, é um ecrã de computador com muitas janelas abertas, e com a simultaneidade assumida.
O percursor desta percepção foi sem dúvida para mim M.C.Escher, lithógrafo e desenhador holandês e que morreu em 1972. Todos conhecemos os seus trabalhos, sem saber já de onde vieram.
Fizeram o chão que pisamos: a escada em subida eterna quadrangular, a queda de água auto-alimentante, as mãos que se desenham mutuamente, as metamorfóses em tapetes padronizados - nos quais
até se inspirou o matemático Walter Penrose na elaboração dos padrões de enchimento de planos (infinitos)...ou foi vice-versa?
A sua constante interrogação da fronteira entre a realidade e a sua representação, das contradicções daí decorrentes, e da subtil pergunta em qual delas existimos, faz de nós actores - vagueando entre animal condicionado e ser pensante.
Em - quase - última análise, o que está em causa é a relação entre a imagem artificializada que projectamos de nós, e o âmago do nosso ser despido.

sábado, 28 de março de 2009

Ó-Chá-Alfama

Tive a gratificante experiência, de poder elaborar uma pintura mural neste estabelecimento que inaugurou muito recentemente. Gratificante por ter nascido de um diálogo amigável e de atitudes convergentes, mantendo a autonomia de acção.
O resultado é um enlace entre funcionalidades e conceitos: a união do Oriente com a Alfama num ambiente ao que eu chamo de 'cosy-chill', na falta de melhor palavra.

Ponto de encontro ameno.

Espectativa

Qual é o peso da espuma da vida? Enche-nos para nos fundirmos, ou deixa-nos a flutuar?

quarta-feira, 25 de março de 2009

Paralelos



Nem um nem outro são da minha autoria.
Mas as poucas alterações que fiz aproximam um ao outro de forma que acho pertinente.

segunda-feira, 23 de março de 2009

Reboot

O meu computador, parece-me sofrer de um mal semelhante ao meu:
Anda tão enroladamente ocupado consigo próprio que não lhe fica energia, tempo, e espaço mental suficiente para trabalhar com eficácia.

Bom...computador sempre poderia comprar um novo...

domingo, 15 de março de 2009

Existem novos posts no blog do lado
para complementar a visita.

quinta-feira, 5 de março de 2009

Arte Kitsch



















Palavras que ficam a meio... mês da mulher? Perco-me nesta montra aparentemente ao calhas. Foi o acaso que pôs a mulher entre o galo de barcelos - feito máscara do 'Scream' - e o Buda dourado? Centrou-se sozinha entre crucifixo e Gardénias de plástico, entre querubins e mouros , sobre taças de cristal fingido e um leão marinho de porcelana branca a entretê-la?
Não fosse uma montra de lojeca de bijutaria e recheio de casa composta...quase poderia pensar ser instalação de artista de renome. Pelo menos conta uma história, ironiza, questiona, sugere,...mais que muita instalação que eu tenha visto. Foi feito sem saber? Tanto faz, funciona, faz efeito, não enfeita.

sábado, 28 de fevereiro de 2009



Urbanoplasma (Ver uma vez Arte Pin-Pop...)




































Imagens para ir passear - nelas. Passamos por elas,
sem penetrar ...

São o que nos marca: a cidade em layers múltiplos, o novo sobre o velho, a realidade parcial sobre a obra para durar, a fugacidade sobre a estética de fundo. Resta o que sobra do vento radical. Sobram farrapos de papel, palavras soltas mas unidas num contexto novo promovido pelo acaso; ...colados à vitrificação do querer fazer bonito.
Berrar ao vento.
Dizer ar quente.

A celusose dissolve-se à chuva, e vomita a palavra mutilada, lida - partindo do futuro.

E mesmo assim ... até assim: da amálgama destila o sentido.

sábado, 21 de fevereiro de 2009

A Semente


















Terra nova, pés de barro, do que ele fez o homem, nossa terra,...

A matéria-prima da criação é simples, despretensiosa.

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Apetecer

















Apetece... fugir para um gesto liberto, através do gesto liberto.