Pedaços da imagem marginal - o tempo criativo em fragmentos de desenhos e fotografias. De um espaço fantasioso, e da física imaginada. Rascunhos, laterais à arte num limbo de emoção in - quieta e sem poesia.
Para quem esteja com ideias de recomeçar, fazer tábula rasa, reboot, reset, para quem esteja na crise dos 35, 40, 45, 49 ( antes disso, e depois disso não têm direito de estar em crise) ... digo já: o branco nunca mais será branco e imaculado. Porventura luminoso e interessante.
O coração da cidade é isso, ainda, e sempre foi, continua a refrescar a alma em pequenos salpicos de inocência e casualidade, sem resguardo e com olhar de vagueante. O perigo mora longe.
A vantagem de o o telhado ruir, é depois a luz do sol chegar até ao rés-do-chão. Pouco mais terá importância, já que o resto foi em chamas e enxurradas. As crises são sempre uma oportunidade do recomeço... em teoria.
Para explicações mais detalhadas remeto para esta senhora pastora. Saltitava graciosamente de um quadro para outro, traçando linhas de referência, sublinhando palavras em Aramáico, Hebráico, Grego, Latim,... des-tricotando as nossas mais profundas dúvidas em pouco mais de uma hora.
Os patamares das escadarias são uma chatice, porque se ficamos por aí demasiado tempo, instalamo-nos no conforto possível, fazemos ninho, ajeitamo-nos às condições impostas, e dificilmente retomamos a escalada.
Está cá há quê...500 anos? Talvez 700?...Não, não penso, talvez apenas há 300. Aproximo-me.
Com frequência, mesmo do outro lado, costumo aliviar as águas, também pelo gozo que dá.
A minha interferência para a foto é mínima. Nem faz falta por aí além. É apenas um pequeno ajuste que desaparecerá em breve. Não deixa marca. Não deixo marca.