sábado, 30 de maio de 2009

Restos e 'Há de ser'

As vezes perco-me no profuso de um processo...mas não desta. Encontro-me no crú do 'hà de ser', antes da fundição numa amálgama de camadas da imaginação. Por mais experiência que se tenha, cada saída de fornada é um nascimento, a cristalização de um processo, a definhação do imaginado perante o facto, o acto consumado.
A minha relação com recipientes é quase obsessiva... nunca os há em demasia.

O conteúdo é sempre um resto precioso de um processo acabado.


Por vezes, o lapso entre o fazer e o terer feito é como a frincha entre intenção e efeito.
Sempre sempre, a frincha divide a representação do real do real... (?)

O consolo está no fazer, manualmente, contra o contra-artesanal, com a matéria.

O conceito apenas anda descalço.

sábado, 23 de maio de 2009

Catedral

Enquanto que a casa tem os cantos escuros, o gesto humano tem lugar.
Fazemos o lugar assim, colorido e a tapar; o lar fingido, o ser tingido, a liberdade atrás de uma esquina colorida.

Enquanto o olhar é do centro para fora, fugimos.
O passo para trás faz a desconstrução, e um olhar de fora.
Desconcertar o quadro de sempre.
Enriquecer.
Cair de joelhos.

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Little House


Já há algum tempo rondo esta construção mental, até já me parece ter sido pela vida toda.

Porque as 4 paredes não chegam, porque a utopia também se veste do imprevisível, do apenas visível de outro ponto de vista, de outra incidência de luz, de outra distância.
Por enquanto parece um brinquedo. É caseiro, ainda em múltipla construção íntima, e não está habitado - o que é um contra-senso, sei. As construções mentais têm essa (pequena) falha.

Depois, a matéria não deixa... impõe as regras que o espaço ocupado por ela dita. Só se contorna, estando do lado de fora. Cá estamos.

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Visitas



Fui mostrar as redondezas a uns amigos de visita...
Adoro o sítio, tão perto, tão fora, tão real...

Come-se bem